Queridas leitoras,
Vamos dar fim a este blog, não vamos acabar com as fics claro não vos faziamos uma coisa dessas mas fizemos outro blog mais organizado, e que esperamos que vos dê mais jeito para comentarem e deixarem opiniões ! :)
Deixo-vos aqui os blogs:
http://porti20.blogspot.pt/;
http://quaseimpossivel24.blogspot.pt/
http://quandomenosesperares10.blogspot.pt/
Vamos deixar isto algum tempo para vêrem que mudamos de blog e depois acabamos definitivamente com ele, obrigada a todas as pessoas que nos ajudaram a chegar as 2364 visualizações e esperemos que nos sigam no outro blog ! :)
Beijinhos
Maria, Rita e Qeu
Um olhar vale mais que mil palavras
segunda-feira, 10 de dezembro de 2012
domingo, 2 de dezembro de 2012
“Se eu quisesse aturar uma birra de uma criança ia para educadora de infância“
Eu
arrependi-me do que tinha dito, fui tão fácil, deixei-me levar, fui
inconsciente e reagi sem pensar, não era de mim assumir assim que estava
apaixonada, nada meu, por um lado eu queria dizer-lhe tudo isso, o meu lado
sentimental falava mas por outro, o meu lado racional, não deixava queria ao
máximo esconder o que sentia e negar até á exaustão o que sentia, era os meus
dois lados opostos frente a frente: um contra o outro. Eu já o tinha dito e
depois beijei-o, estava arrependida mas por outro lado não, era um misto de
sensações, de emoções. Estávamos nos a beijar, estávamos frente a frente e eu
coloquei a mão sobre o seu peito e separei os nossos lábios, eu queria ouvir a resposta
dele. Ele olha-me e responde:
-Eu
também!-e voltou a querer encostar os nossos corpos mas eu levantei-me da mesa
e separei os nossos corpos, fui andado atrás dele empurrando-o em direção á
parede e ele recuava passo ante passo, até se encostar á parede, mordi-lhe o
lábio e voltei até á mesa a correr.
Ele
seguiu-me e sorriu, sentei-me na mesa e acabamos de almoçar, entre muitas
risotas e brincadeiras, não só da nossa parte mas também porque vários fãs
vinham até á nossa mesa e pediam autógrafos, fotografias, pediam um diverso
número de coisas, algumas bastante parvas mas ele acedia a todas com muita
calma e sempre com um sorriso na cara. A certa altura aparece uma rapariga
bastante jovem com uma criança ao colo, vinha de mão dada com o rapaz que devia
ser o seu companheiro, mas tarde descobri também que era o pai do petiz. O
traquina era muito reguila e assim que se aproximam da mesa ele faz questão de
fazer força até ir para o chão, e mal lá chega diz:
-Mãe,
mãe. – Agarrou-se á perna da mãe mas a mãe não o olhou. – Por amor de Deus.-
Claro que eu e o Ezequiel nos começamos logo a rir não era normal uma criança
usar uma expressão destas. – Por amor de Deus mãe sou eu o teu filho Tomás.
Olha para mim. – A mãe agarrou e colocou novamente ao colo e ele continuou a
falar. – Este não é aquele que o pai diz que joga bem á bola? – Perguntou
inocentemente enquanto apontava para o Ezequiel. – O companheiro dela agarrou
no pequeno e colocou no seu colo, deu-lhe um carinho no rosto e disse:
-Tem
cuidado com a maneira com que falas Tomás! Não conheces o rapaz de lado nenhum
para o tratares assim! – O menino abanou que sim com a cabeça.
-Conheco
sim! E tu também conheces dizes que ele joga bem á bola e que queres que ele
jogue sempre, e depois quando marca golo tu gritas muito!- foi impossível não
nos rirmos, a criança era um mimo, totalmente inocente mas direta, talvez se
muitos adultos fossem assim só ficavam a ganhar, pensei para mim mesma.
-Obrigada
pelo elogio meu pequenino!- o Ezequiel levantou-se e deu-lhe um beijinho na
bochecha na bochecha e um “passou-bem”, mas ele fez questão que o pai o
coloca-se no chão e respondeu:
-Eu
não sou pequeno, sou grande e forte!- colocou-se apoiado sobre a ponta dos pés
e puxou a t-shirt para trás e mostrou os seus “músculos”, eu só conseguia rir
de tão divertida e animada, o Ezequiel também. – Tu és mais alto e grande e
forte mas eu também sou, vais ver!- Começou a correr e o Ezequiel ia correr
atrás dele mas o pai impediu-o e foi a correr atrás dele, a mãe pegou na folha
que ele tinha assinado minutos antes e seguiu atrás dele. Começou uma conversa
muito estranha, realmente e eu não estava a gostar:
-Um
dia serei eu a viver o papel de pai se Deus quiser! E quem sabe não será
contigo?-era uma pergunta retórica mas na mesma eu decidi responder, odeio
ficar sem resposta:
-Aguenta
aí os cavalos que isto ainda mal começou e tu já estás a querer andar em
demasia. – Respirei bem fundo. – Uma coisinha de cada vez!
-Eu
não disse que iria ser eu disse que poderia ser, nada mais por isso tem calma
tu!- Ai tu vais pagá-las Marcelo, ai vais, vais! Pensei para mim mesma.
-Tem
tento na maneira como falas, se falei bem contigo tu falas bem comigo.
Respeitinho é bom e eu gosto e muito! Não penso ter filhos tão cedo, muito
menos casar, isso é que está fora de questão.
-Porra
que tu és teimosa que nem uma mula! – Comecei a gargalhar.
-Já
vi que isto está a ficar sem rumo e muito azedo: fui! Depois vemo-nos. – Peguei
na minha mala e ia embora, não queria saber do meu rumo queria apenas sair dali
e não ouvir outra birra, se eu quisesse aturar uma criança ia para educadora de
infância.
-Se
quisesse aturar uma birra de uma criança ia para educadora de infância. A
conversa não me está a agradar: fui! – Levantei-me da cadeira, agarrei na minha
mala e ia embora dali não sem antes agarrar na chave do carro do Ezequiel, não
tinha onde ir nem o que fazer, por isso o melhor mesmo era ficar sentada lá, á
espera nem eu sei bem do quê. Ele não entendeu que eu lhe tirei as chaves,
pensei para mim mesma: “melhor”. Sai num passo apressado e fui até ao interior
do carro, deitei-me e acabei por adormecer. Mas o sono tão foi muito profundo,
acordei minutos depois com um perfume a entranhar-se nas minhas narinas e era
aquele perfume, era o Ezequiel, sentou-se no banco da frente e sem mais nem
menos tirou a chave que estava em cima do banco do pendura e fez-se ao caminho,
não me disse nada, nem respondia. Eu bem perguntei e tentei saber até onde ele
me levava mas ele não disse, seguiu apenas caminho e nem cedeu á minha chantagem
que sai do carro em pleno andamento, ele não me ouvia, apenas sorria e
prosseguia como se não me ouvisse, como se fosse surdo ou como se nem sequer
falasse.
A
viagem ainda demorou algum tempo, lembro-me de atravessar a ponte e ir até
Lisboa, por um lado não queria sair daquela praia mas por outro lado queria
descobrir até onde ele me levava, acabei por desistir de descobrir onde íamos
já perto do destino. Estacionou o carro e fomos até ao Castelo de São Jorge,
ele pagou o bilhete e eu decidi não discutir desta vez, o silêncio era o modo
mais confortante de estarmos juntos. Desfrutávamos a paisagem sobre a bela
cidade de Lisboa, passamos toda a tarde sem falarmos e sem entendermos a noite
surpreendeu-nos e a vista sobre a minha cidade tornou-se ainda mais linda.
Depois
de algumas horas em trocas de carinhos, de beijos e de tudo a que tínhamos
direito, eu decido quebrar o gelo e disse:
-Vamos
parar com as discussões, com os desentendimentos, vamos parar com isto tudo.
Vamos viver o momento, o nosso momento. – Sentou-se atrás de mim e abraçou-me,
depois beijamo-nos, ele não queria falar e respondeu com gestos, não insisti.
Ficamos assim mais um tempo e depois decidimos ir jantar, até porque o Castelo
ia fechar. Jantamos e fomos novamente até ao carro, mas desta vez quem conduziu
fui eu! É verdade que tenho idade mas não tenho carta mas já tenho experiência,
já o fiz algumas vezes e tenho algumas aulas de condução, nunca tinha tido
acidentes e tudo correu bem até agora, ele nada perguntou logo não inventei uma
desculpa. Levei-nos até á praia onde acabamos por adormecer, mas no carro, a
noite não estava agradável para se pernoitar na praia e nenhum de nós queria ir
para casa então aventuramo-nos e dormimos na praia. De manhã acordo cedo, pouco
faltavam para as 8h, e senti que o Ezequiel não estava junto a mim, levanto-me
do carro e começo a procura-lo, mas a pesquisa pouco durou porque ele estava a
conversar com uma rapariga e claro eu tive ciúmes e decidi ir ter com eles e
pedir esclarecimentos, mas quem é que ele pensava que era para me deixar a
dormir e vir falar com uma rapariga qualquer?!
-O
que será que Qeu dirá a Garay? E a rapariga?
-Como
reagiram aos ciúmes dela? Quem será a rapariga?
Vou Provar Que Te Amo
Queria dedicar este capítulo a uma pessoa muito
especial, uma pessoa encantadora, e mais que uma amiga, uma reína!! Obrigada
pelo apoio, obrigada pelas tuas palavras, obrigada pela tua amizade, obrigada
por seres como és, obrigada pela tua fic e obrigada por tudo BEATRIZ ALMEIDA <3
Te adoro mi reína!
"Vou provar que te
amo!"
Se
eu respondesse á minha avó já sabia que ia dizer mais do que realmente devia,
eu era direta e não tinha medo de dizer o que me estava na cabeça
independentemente da sua idade, tamanho ou feitio e apesar de ser a minha avó e
de a amar muito, eu ia responder. Ele podia ter muitos defeitos mas era o homem
que eu amava e eu iria dizer-lhe isso mesmo, mas ele faz-me sinal para
responder e eu deixo, embora com medo, ele iria ter mais cuidado nas palavras
que eu mas tinha medo que a minha avó não gostasse dele depois do que ele
dissesse mas confiei nele e deixei-o fazer, de certeza que teria mais atenção
que eu com as palavras e o modo com que o fazia:
-Sabe
dona Maria.- Sorriu e desviou pouco o seu olhar para o chão, um sorriso
envergonhado. – A senhora pode ter toda a razão do mundo por ser baixinho e por
não saber falar bem português mas a senhora não devia julgar-me, porque embora
tenho defeitos isso não me impede de amar a sua neta e a dar-lhe todo o meu
amor. E devia estar mais preocupada com ela que está deitada numa cama de
hospital depois de um desmaio e não com o seu namorado, porque embora nos
amemos, o mais importante neste momento é ela e só ela. Não eu!- enquanto
falava sobre mim apontou para mim e no final apontou sobre o peito e enquanto
acabava de falar, referindo-se a si, apontou para o seu peito e quando terminou
sentou-se na cadeira que estava no meu lado esquerdo e deu-me a mão e trocamos
olhar e a minha avó respondeu:
-Vocês
ainda são muito novos para saber o que é amar. – Até podia ser verdade que
eramos novos e podíamos não saber o que era amar mas gostávamos demasiado um do
outro para desistirmos sem lutar, e o sentimento que nos unia era forte, tão
forte que podia perfeitamente ser amar, ser um amor apaixonante, e eu não
acreditava muito que a idade influenciasse um sentimento, ou forma de estar na
vida e amar era uma forma de viver a vida. Nós eramos maturos o suficiente para
saber o que sentíamos e eu estava disposta a viver tudo aquilo e depois de
chegar a esta conclusão foi a minha vez de responder:
-Eu
gosto muito de ti avó mas tens de compreender que eu gosto dele e é de mim que
ele gosta. Podes ter razão podemos ser novos mas para amar não existe idade,
existe apenas maturidade e não sei se já entendeste e isso temos nós dois.
Gostava de ter o seu apoio mas já vi que não vai acontecer e daqui a uns tempos
depois de nos conheceres melhor e ao que nos une vais dar razão.
-Isso
é tudo muito bonito, também dizias gostar do Francisco e olha acabou cada um
para seu lado. Quero ver se daqui a uns tempos me vais dar razão ou não. – O
Nicolás apertou-me a mão mas decidiu não responder e eu respondi.
-Com
o tempo veremos quem tem razão. – Dei por concluída a conversa, e a minha avó
respondeu-me:
-Bem
Rita vou indo que ainda tenho que ir ver da tua tia e dos teus pais. –
Aproximou-se de mim e deu-me dois beijos, cada um em sua bochecha e eu retribui
tirando as mãos das mantas e eu recompensei-a tocando-lhe na face e respondendo
do mesmo modo com beijinhos. Depois o Nicolás levantou-se e deu-lhe dois
beijos, cada um em sua face e segredou-lhe algo, mas num tom de voz bastante
baixo, talvez para não ouvir, talvez só para ambos saberem o que ele disse. A
minha avó foi ter com o meu irmão e despediram-se e ela foi ia em direção á
saída para se ir embora e o Nicolás acompanha-a até á porta. Ele senta-se
novamente ao meu lado e eu pergunto:
-Osvaldo
Nicolás Fabián Gaitán que é que disseste á minha avó?- Eu sabia que ele não
tinha feito nada de mal mas era o meu lado curioso a falar e talvez ele não me
dissesse, o que era o que eu mais esperava mas acabou por me dizer:
-Prometi-lhe
que vos ia demonstrar que te amo. – Deu-me a mão e deu-me um beijo nos lábios
sentido e passado alguns segundos oiço uma voz tossir, só podia ser o meu irmão
e entre a união nos nossos lábios eu não resisto e começar a sorrir, separo os
nossos lábios e pergunto:
-Então
maninho que foi? – Olhei para ele que estava quase deitado no sofá e ele
olha-me com ar muito admirado e responde:
-Estás
a olhar para a pessoa errada, não fui eu que tossi propositadamente, olha para
ali. -Apontou para a entrada do quarto onde estava o meu pai e continuou.- Mas
já que interrompi o vosso mel aviso já que vou ao bar e á casa de banho, estou
a sentir-me a mais. – Dito isto levantou-se e foi para fora do quarto sem
cumprimentar ou dizer alguma coisa ao meu pai, sim era ele que tinha tossido
propositadamente e que me fez separar os meus lábios e do Nicolás e depois de o
meu irmão ir embora diz:
-Vinha
só avisar que encontramos a tua avó no caminho e vinha ver se estavas sozinha
senão eu ou a tua mãe tínhamos que ficar aqui e não levá-la os dois, mas já vi
que estás bem acompanhada e mais não digo. Já voltamos!- Dito isto virou costas
e foi embora, o que me fez sorrir a mim e ao meu namorado e voltamo-nos a olhar
cumplicemente, claro que voltamo-nos a beijar mais muito mais sentido, era as
saudades a falar mas voltamos a ser interrompidos por uma tosse repentina e eu
separo os nossos lábios outra vez e respondo:
-Que
foi pai? – Mas mal olho vejo que é o meu irmão que responde:
-Vinha
só pedir dinheiro mas já vi que estão muito ocupados e que vou morrer de fome.
-Como
podes ver fui internada e tiraram-me tudo, lamento.- Mas mal digo isto o
Nicolás tira a carteira do bolso traseiro das calças e dá uma nota de 10€ ao
meu irmão.
-Puto
eu sei que não é muito mas por enquanto dá. Se for preciso mais diz-me que vou
buscar dinheiro. – Mas dá a nota o meu irmão agradece e vai embora mas eu digo:
-Não
me sinto bem que gastes dinheiro connosco, desta vez desculpo porque é para o
Diogo comer mas não quero que se repita e quando chegar os meus pais eles
devolvem-te.
-Tontinha
não me importo de gastar dinheiro com vocês, se o faço é porque não me importo
de o fazer. E não vou aceitar se os teus pais me derem o dinheiro. E se não
quiseres eu não gasto dinheiro, prometo. – Dito isto beijou-me, mas um beijo
muito intenso e desta vez sem interrupções. E eu sussurro-lhe entre beijos:
-Amo-te
meu rei. – E abracei-o.
-Amo-te
mí reína. – E deu-me um beijo no canto dos lábios que me fez estremecer o corpo
todo e me fez corar, éramos namorados mas ele mexia comigo como se ainda fosse
o primeiro dia.
Os
dias seguintes passaram a correr e eu tive alta do hospital mas nos dias
seguintes tinha de ter muito cuidado e depois de ouvir as mil e uma
recomendações dos médicos e enfermeiros fui finalmente até minha casa, mas como
era próximo da hora do jantar, e por meu pedido fomos jantar fora, mas um
restaurante que tinha curiosidade em provar e assim conhecia a minha família
conhecia um pouco mais da cultura do meu homem. Um restaurante de comida
argentina, e como havia um bem perto do hospital decidimos ir até lá: La
Parrilla, onde passamos bons momentos cheios de conversa e a provarmos diversas
especialidades daquele país: empanadas argentinas, o conhecido churrasco
argentino, alfagor e os homens ainda comeram um pouco de locro.
Empanadas Argentinas
Depois
de terminarmos o jantar decidimos ir até casa, todos queriam que eu descansasse
mas eu não estava minimamente cansada, passei 3 dias deitada numa cama e sem me
deixarem fazer nada então peço autorização para ficar a passear mais um tempo pelo
Parque das Nações com o meu namorado, os meus pais acabam por me dar mas impõe
uma condição: teria de estar em casa antes das 4h, o Nicolás prometeu que assim
o faríamos. Ainda tentei convencê-lo a irmos até a um bar para nos divertirmos
um pouco mas ele não quis e como prometi aos médicos, aos enfermeiros e aos
meus pais que teria cuidado acabei por dar razão ao também receio do Nicolás e
ficarmos só por um passeio a pé por aquela zona bastante agradável. Depois de
andarmos um pouco, sentamo-nos á beira-mar com uma vista deslumbrante.
Sentamo-nos
num banquinho junto ao rio e vislumbramos aquela vista extraordinária,
estávamos abraçados a olhar para o horizonte e eu pergunto:
-E
se não conseguires provar á minha avó que me amas?
-Não
te preocupes com isso amor, é importante que a tua avó goste de mim claro mas é
ainda mais importante que tu saibas que gosto de ti e isso eu sei que tu sabes.
-Do
mesmo modo que eu gosto de ti, do mesmo modo que eu te amo assim deste jeito.-
Aconcheguei-me nos seus braços e juntei as minhas pernas ao meu corpo, coisa
que fez o Nicolás cobrir o meu corpo dando-lhe mais calor num abraço forte e
sentido. – Sabes? Acho que do mesmo modo que tu me provaste que me amas tu
também mereces que te prove o que sinto por ti. – Beijei-o e decidi começar a
preparar uma surpresa.
Qual
será a surpresa que Rita fará a Nicolás?
Será
que Nico conseguirá provar á avó dela o que sente? Será que a relação vai
resultar?
quarta-feira, 28 de novembro de 2012
Apresentações Part III
Queria dedicar este capítulo a uma pessoa importante tanto na minha vida como no blog, nos capítulos e nas fics Maria Almeida (Rodríguez) ahahah. Beijinho, já são muitos anos de amizade :)
A
viagem curta até ao carro dos meus pais foi passada a vomitar e com a minha mãe
em pânico, o Nicolás não me largava e o meu irmão nem conseguia olhar para mim,
estava super preocupado. O meu pai só via um único objetivo: levar-me ao
hospital. Vomitei no curto caminho até ao carro uma série de vezes e a minha
cabeça doía, sabia que o mais acertado era ir ao hospital mas sinceramente não
queria, tinha esperança que tudo passasse e não queria estragar o dia de
aniversário da minha avó e tinha esperança que fosse apenas mais um desmaio mas
acabei por aceitar a decisão. Já no carro, o meu pai acelerou como nunca o vi
fazer e a minha mãe quis deitar-me sobre as suas pernas mas eu encostei-me ao
meu namorado, coloquei a minha cabeça sobre o ombro e ele colocou a sua mão na
minha anca e fazia-me festas na cara, ele estava tão ou mais preocupado que a
minha família. O seu coração batia a um ritmo alucinante, batia fortemente e eu
senti pelo seu corpo que tremia, por isso decidi dar a mão a minha mãe que
fazia força sobre ela.
Durante
a viagem ainda paramos algumas vezes para eu vomitar, numa delas o Nicolás saiu
do carro comigo, agarrou-me no cabelo e ficou sempre do meu lado, limpou-me a
boca e depois de entrarmos novamente no carro deu-me uma garrafa de água que
até estava na minha mala, isto ainda se repetiu algumas vezes o que dificultou
a tarefa do meu pai: chegar o mais depressa possível ao hospital. Como o
serviço público é demasiado lento e dispendioso comparado com a privada, a
minha mãe insistiu que fossemos até ao hospital mais próximo: CUF Descobertas,
onde por acaso já estive internada pelos meus motivos, infelizmente não foi a
primeira vez que desmaiei. Enquanto a minha mãe tratava da minha inscrição fui
com os meus homens para a sala de espera, o meu irmão foi comprar qualquer
coisa para eu comer, afinal tinha vomitado tudo o que comi hoje e estar de
estômago vazio não ajudava em nada, o meu pai só chateava os médicos e
enfermeiros para saber quando era atendida e o Nicolás apenas me pegou ao colo
e começou a passear pela sala, tentando que eu me concentrasse apenas nele e
não nas dores que sentia ou no que nos rodeava que me fazia assustar ainda
mais.
Concentrei-me
apenas nele e nos sentimentos que me transmitia, o seu coração abrandou, já não
batia tão forte e rapidamente, a respiração já não era ofegante mas já estava
num ritmo normal, e ele sussurrava-me palavras que me apaixonavam e que faziam
apenas concentrar-me nele:
-Ritinha tu és forte, muito forte e vamos
descobrir o que se passou contigo para curarem-te e nunca mais nos separarem.
– Eu sorri e coloquei as minhas mãos ainda mais aconchegadas no seu peito
enquanto a outra seguiu até ao seu pescoço e dei-lhe um encosto nos seus lábios
com os meus. – Não sabes o susto que apanhei
a ver-te no chão, parece que morri num instante e assim que abriste os olhos
ressuscitei. Senti-me impotente, não
podia fazer nada por ti. – Olhei-o nos olhos e vi que os seus olhos
brilhavam e estava com os olhos húmidos como se estivesse a controlar-se para
não chorar. – Nunca mas nunca mais me
voltes a pregar um susto destes por favor, senti o meu coração parar. – A
sua voz era tão doce mas tão reconfortante, aquele homem só me fazia acalmar. Só
me fazia sentir ainda mais amada e pela primeira vez na minha vida senti que um
homem a quem tinha entregue o meu coração me completava de um modo que a
ciência não conseguia explicar. O seu cheiro, o seu toque, as suas palavras até
a sua respiração me faziam sentir feliz, eu estava feliz, sentia-me nas nuvens,
parecia que o amava loucamente e ao mesmo tempo não temer o futuro mas sim
desejá-lo com uma intensidade indescritível e no meio destes pensamentos acabei
por adormecer nos seus braços.
Só
acordei pouco antes de entrar para uma máquina para me fazerem exames, senti o
Nicolás pousar-me na máquina e a minha mãe do outro lado, para além disso só
via médico e mais médicos e mais alguns enfermeiros, aquelas caras eram todas
estranhas para mim á exceção daquelas duas pessoas. Depois de deitada ainda lhe
dei a mão e sorri-lhe, fiz o exame e depois o médico colocou-me na cadeira de
rodas onde me levou até fazer outro exame mas sinceramente não me lembro,
estava num estado de sonambulismo tal que não entendia nada sequer do que
diziam. Só via a minha família e o meu amado, os médicos só os via desfocados e
não me pareciam bem médicos ou enfermeiros mas sim extraterrestres, não verdes
nem com cores estranhas mas cheios de braços muito mais do que os dois
habituais, desfocados e a falarem uma língua que me parecia estranha mas deviam
falar a mesma que eu: um bom português.
Levaram-me
para um quarto, mal sabia eu o que me esperava mas não tardei em descobrir,
queriam-me colocar um soro mas eu não queria, tinha medo… Aliás pavor de
agulhas! Os médicos tentaram falar comigo calmamente, a minha mãe também, aliás
toda a minha família mas eu não ia desistir tão facilmente, não suportava
sequer a ideia que aquilo me tocasse no corpo, ia gritar, ia fazer um escândalo
mas não me iam colocar aquilo. O Nicolás estava fora do quarto a meu pedido e
não queria de modo algum que ele visse o que iria fazer, tinha medo que o
desapontasse, então a minha mãe chamou-o e ele pediu para todos saírem do
quarto para falar comigo. Sentou-se na cadeira que havia do meu lado e começou
a falar calmamente e pausadamente na esperança que eu entendesse que tudo era
para meu bem, ainda chorei e abracei-o, beijei-o e depois de algumas palavras
ditas pela sua parte consegui entender que era o melhor para mim mas pedi para
ficar do meu lado enquanto o faziam. O enfermeiro colocou a seringa na minha
mão onde teve que ficar mais uns segundos e eu apertava a outra mão no Nicolás,
ele pediu que assim que tivesse medo ou doesse que o fizesse e eu não hesitei.
Eu dizia o mesmo a meninos pequenos mas desta vez foi a maneira de não me
sentir com medo e de me sentir calma quando faziam algo que não me agradava.
Depois
colocaram-me numa maca e levaram-me até ao quarto onde ia ficar internada, mal
me deitei peguei no sono e nem cheguei a entender quem ficava no quarto comigo,
quem lá ia passar a noite. Acordei pouco passavam das 10h, o quarto era um
quarto bastante requintado para um hospital, havia duas cadeiras, cada uma do
lado direito e do lado esquerdo, um sofá bastante grande onde cabiam sem estar
apertados 3 pessoas, uma televisão moderna e uma mesa-de-cabeceira. Estava no
quarto com a minha mãe e o meu pai, mas ele estava deitado no sofá a dormir e a
minha mãe na cadeira do meu lado esquerdo e nada de Nicolás, nem do meu irmão.
Como é normal a minha mãe acordar de mau humor decidi acordar o meu pai que
acorda sempre super bem-disposto, mas falei num tom baixo para não acordar a
minha progenitora:
-Bom dia pai!- o meu pai senta-se no
banco, sorri e abre a boca, sinal de uma noite mal dormida, afinal o sofá não
devia ser tão confortável como parecia. –
Onde está o Nicolás e o mano? – Apesar de ser eu quem estava internada e
com algumas dores eu não deixava de me preocupar com os meus homens, um deles
podia considerar que era um dos homens da minha vida, era o meu irmão, o meu
único irmão, ligados de sangue, desde que nasceu que me orgulho dele e o outro…
Não era bem outro, mas sim um homem que era sem dúvida alguma o homem dos meus
últimos dias de vida, e eu amava-o, e claro precisava do apoio dele, apesar de
estar bem acompanhada pela minha família.
-Bom dia filhota!
Como estás? Ainda tens dores? – Acenei
negativamente com a cabeça, mas era um pouco mentira, visto que ainda me doía
um pouco da cabeça mas nada que com o tempo não curasse. – O Nicolás pouco ou nada dormiu ontem, ficou super preocupado e
sentou-se ao teu lado a olhar para ti e para essas máquinas. – Apontou para
as máquinas que estavam do meu lado que indicavam alguns resultados do meu
corpo, a tensão, a pulsação (…). – Disse-lhe
para ir descansar um pouco em casa, trocar de roupa e ir para o treino, depois
podia voltar. Quando ao Dioguito, pedi ao teu amor para o levar a casa para
mudar de roupa e tomar um banho e depois levá-lo á escola.
-Está bem, podiam ter-me acordado para me
despedir deles, já tenho saudades deles e não os vejo desde ontem! – O meu pai sorriu e eu corei,
acabei de lhe admitir que tinha saudades do meu namorado, sim isto
definitivamente não era normal, estávamos juntos á tão pouco tempo e já
tínhamos chegado a este ponto. – Sabes a
que horas voltam?
-O Nicolás só foi
ao treino porque eu quase que o obriguei e depois de sair de lá vem logo para
aqui. O Diogo mal acabe as aulas vou buscá-lo ou então vem cá ter, ele ainda
não me disse. Espera aí que o teu namorado deu-me uma carta para te entregar.- Tirou do bolso um papel bem
dobrado e entregou-me e eu li-o:
Bom dia princesa =D
Já começa a ser um
hábito escrever-te estas cartas e sempre a dar-te o mesmo recado mas espero que
não te importes, é por uma boa causa, para te lembrares que te apoio e que
estou contigo embora que não fisicamente! Fui ao treino depois de muita
insistência dos teus pais e fui a casa mudar de roupa mas não te preocupes que
farei tudo para não me demorar, quero ver como te sentes hoje e amar-te como te
amei até hoje.
Ontem senti-me tão
impotente quando desmaiaste, senti-me o pior homem do mundo, não podia fazer
nada por ti mas assim que recuperaste os sentidos voltei a sentir o meu coração
bombardear e a mandar emoções para o meu cérebro. Espero que não te importes
pela minha ausência, tentarei ser breve e já agora… Te amo mí reína <3
As melhoras! Um
beijo muito doce do teu homem, do teu namorado a quem lhe roubaste o coração e
que te ama muito, Nico Gaitán”
Mal
acabei de ler a carta sorri e a minha mãe acorda pouco depois, e eu disse-lhes
para irem até casa tomar banho e tratarem da higiene mas eles não quiseram
(teimosos!) mas convenci-os a assim que o Nicolás e o Diogo chegassem que iriam
para casa descansar e que iriam pelo menos por agora deixar-me sozinha enquanto
iam comer qualquer coisa.
Devo
confessar que esperei uma visita, uma chamada ou uma mensagem da Qeu ou
Ezequiel mas nada então decido eu mesma tomar uma atitude, ligo á minha prima
que me atende pouco depois. Ela sabia que estava internada no hospital mas não
queria visitar-me, não conseguia ver-me mal, eu compreendi, nós eramos muito
ligadas e acho que se estivesse no papel dela o mesmo se passava comigo. Por
volta da hora de almoço apareceu o Nicolás e o meu irmão, e os meus pais foram
até casa, cumpriram o prometido e por volta da hora do lanche aparece a minha
avó, que viajou de transportes e sem ninguém saber para me visitar. Mas claro
não foi propriamente para me animar, foi antes para me “chamar á atenção”, ou
melhor… Do jeito dela ser negativa! Eu estava bastante animada, tinha falado
com o médico e ele garantiu-me que até amanhã teria alta e que estava tudo bem,
só tinha que ter algumas consultas nos próximos tempos e que foi só um susto,
que desmaiei por uma quebra de tensão, já não era a primeira vez por isso não
era de estranhar e como sofria deste mal não era incomum. A minha avó disse-me
logo assim que lhe dei a notícia:
-Rita não tenhas tantas esperanças que
tenhas alta amanhã já sabes como são os médicos. Enganam-nos e depois são
demasiado otimistas, não acredites nisso. Se tiveres alta para a semana já é
bom, não te preocupes que estás aqui bem e mais cedo ou mais tarde vão
tratar-te bem. – Fogo!- Pensei eu. Que pessimista avó, os médicos estão me
a tratar lindamente e foi só um susto. Mas não tive coragem para lhe dizer
alguma coisa, fiquei caladinha e focava-me apenas nos aspetos positivos, e
tentava que o que ela dissesse não me afetasse. O meu irmão estava entretido a
ver televisão e nem ouvia, mas o Nicolás que estava ao meu lado já se estava a
enervar com tanto pessimismo e estava já a “bufar” á algum tempo, ele é
bem-educado mas acaba por lhe responder de modo a calá-la. A minha avó sabia
que ele era meu namorado e por isso podia perfeitamente deixar de gostar dele
pela sua resposta mas ele não aguentou e depois de ainda me disse isto:
-Não achas que este rapaz é muito velho para
ser teu namorado? É tão feiozito, e nem fala bem português. Depois ainda é
baixinho e não parece nada simpático. – Eu ia responder, uma coisa era ser
pessimista para mim, outra coisa era “insultar” o Nicolás, podia achar o que
quisesse mas eu não lhe pedi opinião e eu amava-o e era o mais importante,
quanto ao resto nada mais me importava. Mas ele faz-me sinal para não dizer
nada e responde ele…
Que
terá dito Nicolás á avó de Rita?
Qual
será a reação dela? Como ficará a relação deles depois disto? Será que Rita
terá alta?
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